quinta-feira, 28 de julho de 2016

Varejão fora dos Jogos Olimpícos



              Já sem poder contar com Thiago Splitter, que se recupera de uma operação no quadril, a seleção brasileira sofreu mais um baque para a disputa da Olimpíada: Anderson Varejão foi cortado do elenco devido à uma hérnia de disco.

             O jogador, que já tem um histórico grande em lesões, foi aos Estados Unidos consultar um especialista médico e foi aconselhado à não participar dos jogos. Infelizmente perdemos um jogador que sempre coloca todo o amor dele em quadra, que faz o trabalho "sujo" ( bloqueios de rebotes, bloqueios na bola, marcação dos pivôs adversários,...) , sempre acredita em todas as bolas e tem uma liderança positiva no grupo.
"- É frustrante. Triste. Ainda não estou querendo acreditar nisso. Disputar as Olimpíadas no meu país, com a minha família, meus amigos, o público brasileiro... Isso nunca mais vai acontecer. Parece um pesadelo... Faltam menos de dez dias para os Jogos e sonhei muito com esse momento, ansiedade era grande, o frio na barriga. Estava feliz. Desde que anunciaram que a Olimpíada seria no Brasil, não conseguia pensar em outra coisa, mesmo durante a temporada, era impossível não imaginar, não lembrar. Infelizmente, por causa de uma lesão, vou ficar fora. É difícil demais aceitar isso - "afirmou Varejão, através de sua assessoria de imprensa.

             Para o seu lugar foi convocado Cristiano Felício, do Chicago Bulls. Cristiano havia pedido dispensa da seleção para disputar a Summer League da NBA, mas com o término da competição e com o infortúnio de Varejão, ele ganha mais uma chance no grupo que vai disputar os jogos. O pivô dos Bulls, teve média de 11,4 pts e 6,3 rebotes na competição de verão da liga americana e se firmou como um grande prospecto para a franquia de Chicago. Abaixo um link para as melhores jogadas do mineiro de Pouso Alegre na NBA Summer League.

terça-feira, 26 de julho de 2016

E a CBB erra novamente...

               


                   A seleção brasileira de basquete masculino fez 2 amistosos contra a equipe da Romênia nos dias 23 e 25 de julho, visando a preparação para os jogos olimpicos. Até aí, tudo bem, acontece que os 2 jogos foram realizados no clube Hebraica, com entrada restrita a sócios e poucos convidados.
                 O povo brasileiro já não tem identificação nenhuma com nossa seleção, poucas vezes os astros da NBA  estão disponíveis em território nacional, os campeonatos em nosso solo também são escassos e muitas vezes nem televisionados são. A maioria dos praticantes jovens de basquete não conhecem nossa seleção, mas sabem de cor a escalação do Cleaveland Cavaliers e Golden

State Warriors. E agora a CBB  tinha a oportunidade de levar ao público geral paulistano, que é enorme, a seleção quase completa, com Leandrinho, Nenê, Huertas e cia. Mas em uma idéia de gênio, onde faria Einstein ter inveja, os 2 jogos da seleção na capital paulista foram restritos para poucos.
                  Se olharmos pelo lado econômico então, aí que fica bizarro. Recentemente um campeonato de base foi cancelado devido à falta de verba da CBB, outros tantos campeonatos deixam de acontecer pelo mesmo motivo. Claro que regalias para os diretores e assessores o $$ nunca falta ( uma auditoria deveria ser feita urgentemente). Mas, deixemos de lado a "eficiencia" dos nossos dirigentes e digamos que realmente tenha faltado verba para a realização desses campeonatos. Não seria uma ótima oportunidade para a CBB arrecadar dinheiro, se fizesse os jogos em um ginásio grande, como o do Ibirapuera, que tem a capacidade de receber 13.400 torcedores? Se fosse cobrado 20 reais por ingresso em média, e imaginando que a CBB convidasse "apenas" 1000 pessoas, seriam 12.400 torcedores, o que daria R$ 248.000,00 reais de arrecadação apenas com os ingressos. Agora, na utopia da utopia, imaginemos que os nossos "Einsteins" da CBB, ainda fizessem uma propaganda bem feita do jogo, incluindo a TV aberta e paga, indo atrás de patrocinadores, deixando uma loja in loco no dia do jogo, vendendo artigos da seleção na internet e  assim criando um nicho de consumidores fiéis à seleção de basquete, quanto de dinheiro poderia ser arrecadado para utilizarmos na base do basquete?
                   De vez em quando vejo um ou outro dirigente dizendo que o basquete não cresce por causa do futebol. Na minha opnião, o basquete não cresce por causa da CBB, que é defasada, burocrática e imensamente ineficiente. Só iremos melhorar quando pessoas que realmente entendem de basquete "tocarem o barco". Por enquanto, nos resta sofrer e lamentar...